Parte 1

Sistema:

Apesar dos esforços de Thartalion, Nierom resiste à aplicação da gravata e não parece ceder à pressão. Contudo, a aura de Thartalion impede que a magia de Nierom tome lugar.

Ambos continuam atracados e presos um ao outro quando um grupo grande de acólitos da catedral surgi e tentam separá-los da briga, assustados que alguém possa se machucar. Os esforços deles são somados a algumas pessoas que estavam presentes na praça. Thartalion ainda mantem Nierom preso no mata-leão, porém o mago pode se libertar muito facilmente.

Vocês veem um grupo grande da guarda da cidade armados correndo em direção à multidão que os cerca.

Calmo e com a fé revigorada, os poderes divinos de Lezard alcançam seu ápice. As feridas de Terry se fecham feito mágica em pouco tempo, e ele sente os músculos fortes novamente. Em seguida foi a vez de Thalles e a própria de curar o corpo.

Logo, Markas e Anya veem Thalles, Lezard e Terry deixar a sala reservada mais sadios do que quando entraram. Anya pode momentaneamente se entregar ao culto aos deuses ao constatar a recuperação milagrosa do namorado.

Ewen Arkel se reune novamente com vocês na biblioteca e aconselha:

- Podemos nos reencontrar amanhã aqui novamente, meu amigo. Tenho certeza que tem muitas saudades a matar de seus confrades de armas e de fé. Porém, agora é hora de vocês se apresentarem ao castelo e ao nosso rei. Não é educado deixar um homem daquela estirpe esperando. Vocês terão muito o que fazer, e tenho certeza que se divertirão muito no banquete com a corte. Vão pela sombra, e que Crisagom os proteja.

Vocês atravessam uma movimentada praça do mercado tentando não levantar suspeitas. Bonnie parou diversas vezes, examinando os arredores, com a terrível sensação de estar sendo observado. Entretanto, todos os rostos lhe eram estranhos.

Em pouco tempo, vocês chegam ao Castelo Real, uma majestosa fortificação. Ao cruzar a ponte levadiça sobre o fosso, vocês são impedidos pelos guardas do portão. Bael leva algum tempo tentando explicar que faz parte da comitiva eredri, mas estava bastante nervoso. Finalmente, vocês conseguem entrar no castelo.

Vocês estão no pátio inferior, um local bastante movimentado pelos trabalhadores e pela guarnição do castelo. Devem decidir se vão chamar o castelão para reaver as posses de Bonnie ou irem conversar com Arthur e expor a situação.

Oberyn grava bem as ruas que percorre. Algumas pessoas o reconhecem como o herói do sul que cruzou os portões cavalgando e bem. Durante o trajeto, ele responde às indagações.

- Para ser franco, Ludgrim em si não é uma ameaça ao poderio dos poderosos verrogaris. Principalmente se lutarmos em nossas terras. O problema que preocupa o rei é uma possível aliança que impeça a mobilização das forças volins, que elas fiquem estagnadas a lutar dentro de Eredra, impedindo a total conquista de Dantsen. Ou ainda, como se teme, uma aliança com Âmien e que Verrogar tenha que lutar uma guerra maior do que pode.

- O principal motivo para minha vinda é investigar os boatos da invasão no sul do país, e para isto, meu caro, você será de muito auxílio. Exploraremos toda e qualquer vantagem contra nossos inimigos. Porém, a invasão também preocupa o auxílio volim. É claro, eu também estou aqui para perceber qualquer movimentação de tropas de Ludgrim.

- Ah sim, viemos por Eredra, onde pude aproveitar para conhecer as vantagens táticas do terreno.

Vocês chegam a um forte no meio da cidade. Espere, não é um forte, é um templo. E que templo! Poucos templos possuem um fosso com ponte levadiça, ameias e seteiras. Ao cruzar o portão protegido por soldados armados com machados de guerra, vocês cavalgam lentamente para um pátio onde bravos guerreiros treinam intensamente à exaustão. Entretanto, você não reconhece suas cores.

Vocês retornam à taverna e Earl empenha-se em limpa-la até parecer um lugar descente. Enquanto ele e os agregados trabalham, você tira um merecido cochilo da tarde.

Quando você acorda, já com a barriga roncando novamente, percebe que o sol está se pondo e resolve vestir roupa de domingo, a única segunda roupa que você tem. Então desce à taverna, a casa está meio cheia e Earl já despachou as prostitutas. Antes que você pudesse entrar em argumentos com o taverneiro sobre essa medida desnecessária, você vê Lucius, o bardo vencedor da competição, caindo nas teias melequentas da Coice-de-Mula.

Ele veste belas roupas verdes, bastante vistosas, imitando as cores da casa real, trás uma bagagem de couro na mão e um alaúde de boa qualidade às costas. Ao cruzar a soleira da porta, ele retira o chapéu de pena da cabeça e o segura nas mãos, examinando o local. Você percebe que ele é mais jovem do que pensava.

Earl cruza a vista com você, como se perguntasse sem palavras: vou eu ou vai você?

Você deixa Bonnie no pátio e sai a procura do arauto. Como suspeitava, Arthur não estava envolvido em nenhuma atividade muito nobre ou imediatamente interessante À comitiva eredri. Encontrou-o em um dos jardins do castelo, flertando com duas criadas que deveriam estar trabalhando neste momento.

Você hesita a princípio, mas então recorda a importância da sua missão e se aproxima do banco onde estão os três, chamando por Arthur e dispensando as duas criadas.

- Por que fez isso, Bael? Qual o significado disso?

Bael o deixa e você acaba por pedir informações sobre onde poderia encontrar o castelão. Após seguir as instruções, você chega a outra parte do castelo, onde uma torre está sendo reformada. Um andaime circunda toda a construção de pedra e uma dúzia de pessoas trabalham no local. O castelão veste roupas boas e se destaca da maioria.

Ao abordá-lo, percebe que ele estuda o projeto da torre em um grande papel amarelado. Ele se vira para você, mas não o reconhece.

- Sim? Quem é você, e como posso ajudá-lo?

Vocês avançam até o fim do pátio, onde o torreão principal de um pequeno forte parece se erguer. Acima de uma pequena escadaria de pedra, um grande portão de madeira e ferro está aberto e também guardado por guerreiros uniformizados. Vocês desmontam e espiam o interior. Roderick lhe responde:

- Bem-vindo ao Forte do Sangue, o templo de Crezir em Donatar e verdadeiro representante da fé da Trindade da Guerra em Ludgrim.

O verrogari avança a frente e você o segue cautelosamente. O interior do forte é na verdade o salão de culto, rústico e robusto, capaz de abrigar mais do que apenas fiéis, mas sim um contingente militar inteiro em guerra! Próximo ao altar, você vê duas pessoas conversando: a primeira vale por duas e a segunda por meia.

O primeiro, um homem de meia idade que veste uma surrada couraça peitoral. A segunda, uma pequenina que entrega um punhal... Joaquina. Eles ainda não viram você.

Vocês se despedem do grão mestre. Lezard toma mais tempo despedindo-se do velhos companheiros que acabara de reencontrar. Então vocês pegam seus pertences e tornam a caminhar pela cidade.

O sacerdote de Crisagom sente-se bem em apresentar mais da cidade por onde passam. Pelas ruas, poucas pessoas parecem reconhecer vocês cinco como os convidados do rei. Ao percorrer a rua principal, já podiam deslumbrar algumas das torres da fortaleza, mas foi só quando chegaram ao centro que tiveram noção da grandiosidade do castelo real. Enormes torres e muralhas, fosso e ponte levadiça. Uma construção magnífica. Mais que uma fortificação, um palácio.

Lezard já perdera muito tempo contemplando a arquitetura do castelo, porém pouco dentro dos muros, de modo que conhece mal o interior. Ao atravessar a ponte levadiça e chegar aos portões, guardas uniformizados barram sua passagem, perguntando:

- Quem são vocês, e o que vieram fazer no castelo?

Thartalion é rendido à força da multidão e incapaz de manter Nierom preso. Os guardas da cidade penetram o povaréu e afastam as pessoas, cercando vocês dois. Eles tem as armas preparadas e agarram os braços de vocês nos pulsos. Um deles grita, tentando vencer a barulheira:

- Por Crisagom! Que merda está acontecendo aqui!?

Earl saúda o bardo detrás do balcão:

- Lucius, meu amigo! Que bom que veio! Entre, entre! Tome um lugar aqui no balcão ou em uma das mesas, vou lhe servir um pouco de cerveja! Não, espere, servirei meelbernil! Não fique aí parado Abadrel, mostre como você admite a derrota e carregue as malas do nosso convidado lá para cima para o melhor quarto!