Parte 1

OFF: sim, o anel está com vc.

Vocês caminham pelo interior do templo, distraídos em sua conversa e namoro, até que um sacerdote os reconhece e avisa que o café-da-manhã está sendo servido na cozinha da catedral. Ele os guia e vocês descem uma escada até o primeiro nível subterrâneo, onde entram em uma grande cozinha cheia de fogões e panelas para todos os lados. O local está um pouco quente e vocês começam a suar.

Há pelo menos trinta sacerdotes dispostos em três grandes mesas comunais que conversam alegremente. As tarefas são divididas entre todos, e pães e bolos frescos são colocados sobre as mesas. Há também leite, café, geleia e algumas frutas.

Logo atrás de vocês, entra pela porta de madeira um meio-elfo de longos cabelos e barbas castanhos. Apesar de vestir os mesmo mantos simples brancos que os outros sacerdotes, as pessoas na cozinha param suas atividades e o cumprimentam. Certamente, ele é o sumo-sacerdote. Anya acredita ter visto ele na noite anterior.

Nierom fica de frente para a entrada, podendo visualizar tudo dentro do templo - quatro pessoas paradas perto do altar, o rapaz com roupas boas parado no meio do caminho entre as portas e o altar, um bardo se aproximando dele - e Thartalion entra apressado atrás do rapaz.

Para Thalles, era apenas um garoto bem vestido que falou com vocês. Bonnie, sempre desconfiado, percebeu algo a mais, algo suspeito: o garoto não estava somente bem vestido, estava vestido com o que tinha de melhor! Quem veste seus filhos tão jovens com os melhores tecidos que se encontra no mercado? Mas foi Lezard e sua estupenda visão élfica que atentou-se a mais detalhes ainda. O rapaz tinha um anel de ouro no indicador direito, uma joia valiosíssima. Além disso, Lezard percebeu que o rapaz tinha uma bainha para punhais no cinto de couro, parcialmente encobrida pela capa.

Bael, que via o rapaz de costas, pode perceber somente que as roupas do rapaz eram muito finas, portanto certamente tratava-se de alguém importante. Thalles, Lezard, Bonnie e Markas viram quando um humano vestido como bardo achou que o rapaz no centro do templo tivesse falado com ele e se aproximou. O jovem então responde em voz alta (para alguém dentro de uma igreja) a Bael:

- Poderia dizer àqueles senhores próximos ao altar que deslocassem seus corpos rumo ao sul cerca de quinze ou vinte metros, vulgo o centro desta nave. Se pudesse proferir estas palavras em Lanta, Élfico ou Voz de Pedra, muito útil me seria, cavalheiro, pois aparenta que os mesmos são incapazes de interpretar o significado de minhas palavras no idioma comum dos homens.

Neste momento porém, surge um homem vestido com um tabardo com o brasão de Verrogar. Ele entra a passos rápidos, porém tenta claramente não ser visto pelo rapaz no centro da catedral. Infelizmente, o rapaz já olhava para trás quando conversava com o bardo, e ao ver o sujeito não tomou nenhuma atitude. O verrogari então avança diretamente para o rapaz e dá uma trombada nele, quase levando o pequeno ao chão pela diferença de tamanho. O verrogari então ergue a capa do rapaz e aponta para a bainha com punhal dizendo: "Lamento mas armas não são permitidas aqui."

O rapaz o observa com olhos fuzilantes e responde:

- Eu entro armado onde eu quiser. - apesar de todos os sacerdotes presentes no templo terem ouvido o verrogari e visto claramente o punhal, nenhum deles toma nenhuma atitude e continuam suas atividades fingindo que não viram nada.

O guarda-roupa contém trajes pouco apropriados para a ocasião, nominalmente pijamas e roupas de baixo apenas. Ao conversar com o guarda, ele lhe responde:

- Minhas desculpas milorde, mas acredito sermos incapazes de proporcionar-lhe uma cimitarra. Entretanto, o alfaiate e o armeiro real estão a sua disposição. Posso guiá-lo até suas oficinas, se desejar.

Seu plano começa a funcionar e os menestréis que se apresentam não fazem ideia do que está acontecendo!

Teste Arte para descobrir o quanto consegue estragar a apresentação deles.