Parte 1

Faz com que uma vítima fique sonolenta por 5 rodadas

Note que deixar alguém sonolento ou em sono leve durante uma batalha seria inútil pois ele despertaria imediatamente devido ao barulho.

O guerreiro verrogari avança contra Nierom e o fere na barriga, um ferimento pouco profundo, porém sério.

Nierom foi ferido em 6 pontos na EF.

Anya comemora por dentro, o guerreiro verrogari entrou na nave principal do templo, é possível derrubar um candelabro ou tapeçaria nele agora!

Subitamente, a batalha é interrompida. Um homem de folgadas vestes brancas (provavelmente roupas de dormir) entrou a passos largos, vindo de uma das portas próximas ao altar. Ele tem vastas cabeleiros e barbas castanhas, bem cuidadas. Ele avança firmemente até onde está acontecendo a batalha proferindo palavras que ecoam como trovoadas pelo templo:

- Trevas! Sangue! E aço! Sob os braços de Selimon perecerão somente os enfermos e os injustos! Luz para as trevas! Amor para o sangue! E paz para o aço! Todos aqueles neste solo sagrado e além, curvem-se à vontade do mais venerável Selimon!

Ele ergue os braços para cima com vigor e uma onda serena de luz e serenidade emana do homem.

Vocês estão em uma Área de Paz. Devem ser bem-sucedidos em um teste de Resistência a Magia contra Força de Ataque 12 para realizar qualquer ataque ou magia.

O homem aponta para Thartalion e diz com voz profunda, forte, porém quase paternal:

- Você, homem de armas da nação mais belicosa do mundo, insulta ao deus que governa este templo e este povo. Abandona este lugar e refugia-se entre seus confrades de guerra ou punirei-o tão severamente que nem teu pai o reconhecerá!

Então ele se vira para Nierom e diz:

- E você, homem das terras mais distantes. Teu propósito neste lar é impuro e cruel. Tens um minuto da minha misericórdia antes que eu faça tu se arrepender de uma vida de pecados!

E diz para o sacerdote ferido que se arrasta até ele:

- Nada tema, servo fiel de Selimon. Cada ferida em teu corpo contará como medalha quando for visitar nosso criador. Por hora, acalma-te, eu te curo.

Anya e Thalles congelaram-se (figurativamente) quando o homem surgiu, e estão parados assistindo a tudo na sacada.

Você escuta vozes que ecoam como trovoadas vindas do salão principal do templo. Você não entende o que dizem, mas se assemelha a voz do homem que passou por você.

Você improvisa uma bengala e consegue chegar até a porta. Neste momento você escuta vozes que ecoam como trovoadas vindas da nave do templo e uma profunda serenidade toma conta de você. Você parece incapaz de matar uma mosca, e não tem dúvida: um sacerdote muito poderoso está operando milagres.

Ao passo que Anya e Thalles retornam para suas camas sem fazer muito barulho, o sacerdote barbado responde a Thartalion:

- Não cabe a mim perdoá-lo, e sim ao próprio deus. Acusa este pobre acólito, que teve a infelicidade de estar de vigília nesta noite em que um sanguinário buscou mais uma vítima, de ser um traidor? Meça suas palavras neste templo sagrado! Retire suas armas e seu corpo imundo desta casa e não ouse se aproximar menos de cem passos daqui! É meu último aviso.

E depois a Nierom:

- Não macule o nome dos deuses aqui, seu tolo! A você também, não ouse novamente se aproximar a menos de cem passos desta Catedral se teme por teu corpo e alma! Nas muitas décadas que já vivi, conheci bem o tipo de vocês, e confesso que sentirei prazer em puni-los debaixo deste teto!

Vocês todos voltam a dormir, porém desta vez uma sensação de proteção e paz os invade profundamente. Provavelmente, esta sensação é obra do sacerdote.

Uma sensação de calma te atinge. Estranhamente, você parece ser incapaz de fazer o mal a qualquer ser que seja. Estes pensamentos agressivos fogem da sua mente. Tranquilo, você volta a dormir, desta vez pensando que há obras do homem barbudo por trás.

Vocês saem do templo e o estranho sacerdote de barbas castanhas nada diz a mais.

Do lado de fora, Thartalion montou em seu cavalo e viu Nierom desaparecer no labirinto de ruas. Em seguida, alguns patrulheiros correram em direção a Catedral, mas logo saíram sem tomar qualquer ação contra o guerreiro parado a cem passos dali. Ainda houve bastante movimentação dentro do templo, pode-se perceber, mas no fim tudo se aquietou.

Nierom retornou para a taverna onde estava hospedado. Precisava pensar em algo e confirmar suas suspeitas. Seu contratante logo apareceria na cidade...

À luz forte da manhã, Alamut e seu cavaleiro leva chegam aos portões da cidade capital de Donatar. Muralhas altíssimas, construídas de pedras azuis esfumaçadas, finamente encaixadas. Cruzando pastagens e criações de carneiros, você trota até o grande portão principal.

Dezenas de camponeses e mercantes cruzam este portão neste momento, e espantam-se com sua presença. Sabe você que eles não se espantam com sujeira de seu corpo, pois eles próprios estão mais sujos. Espantam-se pois com suas marcas de batalhas e ferimentos que somente um grande guerreiro poderia suportar; espantam-se com a montaria listrada e maestosa; espantam-se com o nobre leva que são incapazes de reconhecer... por hora.

Já quase debaixo do arco do portão, dois lanceiros montam guarda em cada lado do caminho. Pobres homens indisciplinados e mal equipados, pensa você, erguem os elmos perante sua presença, também espantados. Um deles toma voz e pergunta a voz:

- Quem é você? O que vem fazer na cidade? - repete a eternizada frase lentamente e aguarda a resposta que possa curar-lhe a curiosidade.

Você acorda no seu aposento no castelo real com as luzes douradas da manhã e uma brisa de pão fresco. Arthur, com quem você compartilha o quarto, está roncando e exalando vinho na outra cama, a baba manchando os lençóis de linho. Você se olha no espelho e se sente revigorado. No guarda-roupa, três de cada quatro roupas são de Arthur. Certamente que ele não iria notar se você emprestasse uma sem pedir. Há também uma jarra e bacia com água para lavar os rosto e as mãos. O café deve ser servido logo, mas você precisaria chegar com Arthur na cozinha do castelo para conseguir uma refeição melhor, sem dúvida.

Além disso, tem a missão que o arauto lhe incumbiu. Será que os convidados do rei já acordaram e estariam melhor?

Você acorda no seu cubículo emprestado por Earl, novamente com as costas doendo. Dormir sobre um colchão de palha é pedir para viver como um corcunda. Qual roupa vestir? Ah é, você só tem uma. O que comer? O que Earl quiser lhe dar. O que fazer para ganhar a vida? A competição de menestréis! Você havia esquecido por completo!

Pode começar a qualquer momento, se é que já não começou! Templo de Lena! É preciso chamar Earl, alguém tem que te ajudar a sabotar os concorrentes!

Vocês acordam após uma noite bem dormida - ou nem tanto assim - com um sacerdote abrindo as janelas do quarto e a luz da manhã entrando. Um novo dia lhes renova as esperanças!

- Bom dia, meus caros. - diz o sacerdote - Estão com uma cara ótima hoje. Sei que têm muito a conversar entre si, mas gostaria que se juntassem a nós na oração matinal antes de servirmos o café-da-manhã. Não precisam ir, é claro, se não quiserem. Estarei no fim do corredor aguardando quem for se juntar a nós. - dito isso ele deixa o quarto.

Vocês se entreolham - Anya, Terry, Joaquina, Thalles, Lezard, Markas - e as memórias confusas da noite anterior ou do dia anterior invade a mente. Sentem-se, se não 100% revigorados, muito melhor do que estavam.

Seus pertences estão em baús na cama de vocês, com exceção das armas. Das oito camas, apenas uma está desarrumada e vazia: Bonnie, que na noite anterior preferiu ir dormir nas celas dos sacerdotes.

Há muito o que fazer nesse novo dia.

Você acorda com o estrondo da cela sendo aberta por fora e a luminosidade invadindo a sua pequena cela. Mesmo sonolento, dois sacerdotes vestidos de branco lhe erguem nos ombros e te tiram dali. Parece ser muito cedo e sua cabeça roda. Você é levado para outro cômodo onde os sacerdotes estão trocando de vestes e se arrumando.

Você definitivamente acorda quando percebe que é despido e jogado numa banheira de água fria. O cômodo é bastante grande e coberto por esteiras de madeira e palha com paredes de madeira, portanto já na parte externa da catedral. Os sacerdotes começam a cantar se divertindo entre si e da sua cara apavorada com água. Há sabão e perfumes numas prateleiras numa parede e vestes brancas simples penduradas em ganchos em outra. Há pelos menos quinze pessoas no local.

Você permanecer de vigília a noite toda e nada aconteceu. O sol nasceu, a cidade acorda lentamente e a Catedral de Selimon inicia suas atividades matinais tocando sinos e convocando a população para o culto que deve tomar lugar logo.

As ruas estão se enchendo de gente e animais e barulho, tornando sua missão comprometida. Você deve decidir entre continuar onde está, quebrar sua palavra com o sacerdote de barbas castanhas e ir até a Catedral novamente, ou retornar para o castelo e informar seu relatório a Roderick Karp.

Mais uma noite termina e mais um dia se inicia. Você acorda no seu quarto pequeno na taverna. Averigua seu ferimento provocado pelo maldito verrogari, está estancado e vai curar em alguns dias. Seu contratante deve chegar hoje ou no máximo amanhã, e você deve confirmar as suspeitas se alvo é aquele mesmo que está na Catedral de Selimon sob os cuidados dos sacerdotes e quem deles é exatamente. Deve convencê-lo e não deixar a cidade também.

Após estes pensamentos, você confere suas posses e desce para a taverna para encher o estômago que reclama de fome.