Arco 4

Após terminar o que dizia a Connor, vejo o mesmo seguindo e comendo com pressa, resolvo não insistir. Ao ouvir o comentário de Calion, respondo em Élfico:

- É verdade! Estava tão distraído que esqueci que vocês comem e bebem como pássaros, dormem feito ovelhas, possuem a visão das águias...

Olho para Calion, sorrio de forma a provocá-lo e prossigo:

... e são frágeis como galinhas.

Sigo sorrindo. Desta vez, num tom mais amistoso, e concluo:

- Porém, devo concordar com você, o vinho também me atrai, tanto quanto a comida. Uma pena que tenham colocado à mesa apenas sete garrafas.

TODOS:
Ao ver que Connor pegara uma fruta o sacerdote que distribuía os tecidos sobre as cadeiras se apressa em retirá-la de suas mãos, mesmo depois do pedaço de melancia já estar mordido, colocando a fruta que Connor oferecera a Argrim de volta a mesa e ainda segurando a melancia mordida ele responde:
O senhor está louco? O venerável Norne não permitiu que ninguém comesse, seu amigo está certo, faça como ele. Além de atrasado o senhor vem causar confusão?!

O sacerdote ainda com alguns panos brancos no braço entrega o pedaço de fruta a outro sacerdote que trazia mais uma bandeja de pães pedindo que se livrasse do pedaço e trouxesse outro para ser substituir o faltante. A cantoria de Firiom incomodava a todos os outros na mesa, era desregulada, incompreensível e irritante, quando cada um dos demais pensava em pedir que ele parasse os sacerdotes organizados na entrada do salão começam a falar, cumprimentando alguém, a voz de Norne pode ser ouvida e em segundos o sumo-sacerdote entra no salão:

Pare já com esta maldita cantoria Firiom, sua voz atinge meus acólitos enebriando-os como se estivessem sendo cortejados por uma prostituta! E nesse momento preciso deles sãos!

Connor, tenha mais respeito com seu anfitrião, enquanto há pouca comida para maioria lá fora vc não deveria desperdiçar aquela que lhe é fornecida aqui, aguarde, chegará a hora em que iremos nos fartar com o que está na mesa, mas não é esse o momento.

Antes que Norne continuasse o sermão, que vc´s previam durar pelo menos quarenta minutos, a trombeta do sacerdote que vigiava a porta toca uma única vez para em seguida ele falar num tom alto e firme:
Aproxima-se o senhor General Karr, comandante das tropas maranenses.

Norne se apressa para se colocar na entrada do salão, recompondo-se e vestido com um manto cinza com detalhes dourados e um grosso cinto feito de ouro ele bate seu cajado firmemente no solo enquanto diz:
Cumprimentar autoridade

Os sacerdotes armados com espadas, desembainham-nas erguendo-as para cima, na diagonal, cada cruzamento de espada dos sacerdotes que estão enfileirados de frente uns para os outros forma um séria de arcos feitos de metal. Karr surge de uma porta no corredor, vestindo um peitoral com as cores e o símbolo de marana, uam longa capa azul se prende nos ombros do peitoral e vai até o chão. Em sua cintura uma espada larga bem adornada é  exibida de forma orgulhosa, as pernas e braços do general estão protegidas por peças de metal, os braceletes possuem ornamentações em alto relevo.

O general pára em frente a primeira dupla de acólitos que formam o arco e o sacerdote começa a tocar seu instrumento. Depois de um breve toque de trombeta o general começa caminha em direção a entrada do salão, ele cumprimenta Norne com a reverência de um devoto de Blator que pede as bençãos a seu sacerdote. Juntos eles caminham cada um para uma extremidade da mesa. Antes que Karr começasse a falar um jovem humano entra no salão vestindo roupas adequadas ao momento mas sem estar usando uma indumentária que o indique como sendo da guarda maranense, o jovem carrega um livro, pena e tinta e alguns envelopes e um sinete e fica posicionado atrás e a direita da Karr. Enquanto enche um copo de vinho Karr começa a falar e junto com ele o mestre de cerimônias chama alguns acólitos que começam a servi-los:

Em primeiro lugar, desculpem-me pelo atraso, estava voltando do fortim e a estrada não estava boa, creio que compreenderão.


Em segundo lugar quero dizer que este jantar não é outro interrogatório, trata-se apenas de uma celebração e de um convite. Celebramos hj o inestimável esforço de alguns de vc´s em proteger a cidade, saibam que não apenas Lubliama mas toda Marana lhes é grata, mesmo que isso não represente a vontade de rei, com suas vidas, vc´s garantiram um território importante deste país.


Em terceiro lugar vamos aos convites, a batalha de Lubliama acabou, mas ainda temos coisas a fazer, a reconstrução da cidade vai bem, indo acelerada e logo Lubliama se erguerá melhor do que já fora. Porém, existem coisas que não se reconstroem com argila e pedra e não se compra com dinheiro. Apesar de estar a frente da cidade, não posso continuar assim por muito tempo, Lubliama merece um regente civil, capaz de administrá-la e que me permita continuar minha verdadeira obrigação que é a proteção do território.


Por isso pretendo enviá-los até a Lutrúcia, sabemos que Jacus, o antigo regente foi levado pra lá e não é justo deixarmos ele num local odioso como a torre negra de Xartas Krum. Meus homens conseguiram algumas armaduras verrogaris, o que faria com que alguns de vc,s humanos, passassem pelas prováveis barreiras formadas pelas tropas de Jered em seu território. Para esta missão eu escalaria Connor e Gloin, por conhecerem Jacus e por usa capacidade bélica, Baelor para prover cura e proteção, Sam pois a prisão com certeza terá portas que precisam ser abertas e Alastor ou Halt, pois ambos conhecem os caminhos e a prisão, servindo de guias além de bons combatentes. É claro que essa lista é apenas uma sugestão.

Outra tarefa a cumprir é lidar com o rei, decidir vir a Lubliama a revelia da vontade de Augustu, é claro que ele não vai gostar nada disso, se as suspeitas de vc´s estiverem corretas e ele esteja envolvido com Vardem e os verrogaris, ele tentará matar quem souber disso, como fez com a elfa Pammala em Sensera. Por isso preciso escoltá-lo até lá, de forma que possam falar ou com o rei ou com seu irmão, ou com alguém que possa levar os eventos daqui em consideração e possamos revelar quem são os traidores do reino. Para tal eu levaria Pammala por ser emissária do rei e ter representatividade na capital, Calion por sua influência a admiração de Alirel, sua palavra terá peso na capital, mesmo o sumo-sacerdote de Palier esteja em viagem e Leopoldo, pois este esteve com Jered um bom tempo, sabe como o verrogari pensa e no que eles acreditam.

A última tarefa tem haver com os sombrios, apesar de terem sido expulsos, mandarei meus homens vasculharem as minas novamente e certificarem-se disso, mas muito me interessa a adaga que eles levaram e descobrir o que os verrogaris queriam, se a adaga é poderosa assim, pode ser uma arma a ser usada por nós e não por eles. Sabemos que os sombrios estão indo atrás de um sobrinho do tal elfo chamado Irvem, pois este pretende resgatar informações que estariam em Lagia, com alguém de confiança de Irvem. Portanto mandaria Argrim pelo poder de combate, Firiom por seu dom de cura e Halt por saber como chegar até o local.


É claro que estas tarefas essa distribuição é apenas uma sugestão.


VC´s devem agora estar se perguntando pq fariam isso, correto? Bem apesar dos motivos pessoais de alguns, teros ainda três tipos de recompensas:


A primeira é um valor em dinheiro de 35 peças de ouro.
A segunda é a doação de terras, tenho um terreno não muito pequeno perto de Sensera, prêmio do rei o qual não posso cuidar, então estou disposto a dá-lo a vc´s. Existe ainda um outro pedaço, perto de Lubliama, um terreno dos Galdarim, cujo filho não poderá assumir pela idade e alguns sacerdotes pretendem tomar o local, mas não passarão por minha vontade.
A terceira opção, é a seguinte, estamos reformando o fortim e para que ele não fique abandonado vou transformá-los em escolas de guerra, e os homens de armas entre vc´s poderão especializar-se sem pagar por isso. Tbm conversei com Norne e ele poderá iniciar os sacerdotes que quiserem fazer um juramento a Blator. Aos demais, posso dar cartas de recomendação para qualquer pessoa, mestre de qualquer ofício dentro dos limites de Marana.

E então o que acham?

Antes que Norne e o General chegue eu só faço um breve comentário a respeito da organização e de como tudo está magnifico.
Quando eles chegam eu faço um meneio com a cabeça para o Sumo-Sacerdote e o General, sento-me e me sirvo de um gole de vinho, prefiro hidromel, mas isso serve. Ouço as considerações de Karr eu me desponto a falar:
Primeiramente gostaria de congratular Norne por nos ter oferecido este magnífico jantar, e lhe agradecer General pelo convite, e lhes dizer se me permitem que festas nunca começam antes dos anfitriões chegarem. Bebo outro gole de vinho e prossigo:Ir buscar Jacus é uma questão de honra para mim, pois assim ainda poderei ir em busca também de Náin, tenho esperança que meu estimado afilhado ainda vivo. Das recompensas aceitarei a especialização, mas fora isso eu farei por honra e orgulho, sei que a confiança que os anões depositavam em mim foi retraída, mas vou me empenhar em consegui-la de volta, além do mais bem sei que o machado de meu clâ pode estar em terra de leões. E por fim se me permitem gostaria que Alastor viesse conosco, por ser meu confrade e por Halt já estar engajado em outra missão.

Olho para o General e digo:
Sua oferta é generosa mas eu sinto que talvez tenha que declinar da mesma.os acontecimentos recentes me mudaram um pouco e sinto que devo ficar aqui.Pelo menos até que Nain apareça. E quando a estas recompensas para ser sincero algo me diz que o que vou passar se aceitar alguma destas tarefas não poderão ser pago pelo o que oferece.

Ao ver a entrada do general, me levanto, faço uma reverência e apenas me sento quando Karr e Norne se sentarem. Escuto atentamente toda conversa, pouco interessado na comida. Talvez a consciência de que muitos na cidade morreram e não estavam comemorando também.

[Um jantar a custas dos outros.]

Quando Karr, fala sobre as tarefas aos quais podemos fazer, escuto pensando:

[Não posso fazer isso, tenho compromissos ao sul... O menino, o corpo de Rarug...]

Porém quando ouço que o feudo dos Galdarims esta como recompensa, fico extremamente pálido. Fui eu quem tirei o direito de Lord Galdarim de reger as terras, mas pensei que elas continuariam com o filho dele! Isso não pode acontecer! Eu era responsável por tudo isso. Assim que Karr termina, começo a falar:

General Karr, certamente que se sabe dos acontecimentos acontecidos no castelo dos Galdarim, certamente sabe que há um sacerdote na história, e esse sacerdote sou eu. Fui eu o responsável pelos acontecimentos lá. Porém não acho justo retirar o direito as terras de Lord Horic Galdarim. O menino passou por muitas coisas. Se me permitir lhe fazer uma proposta, aceito sua missão: os Galdarim continuaram com suas posses integralmente, e eu lhe prometo diante de todos e dos deuses que lhe trarei são a salvo o senhor Jacus e o culpado de toda essa guerra para enfrentar a justiça. Eu fui responsável pelo caso dos Galdarim, agora devo ajudá-los.

Me levanto e digo solenemente, levantando a taça de vinho (se já foi servida):

-Gostaria de dizer algumas palavras antes de aceitar ou recusar vossa proposta: Primeiramente agradeço por me tirar do aperto que eu estava quando encontraram eu e Halt nas garras desses tais sombrios, posso ter estado de mau humor desde então pois não foi o primeiro aperto em que me meti num curto espaço de tempo, por tanto, não sou mal agradecido e farei o que for possível para ajudar em vossa causa e isso entra na segunda coisa que gostaria de dizer. Para eu aceitar qualquer missão gostaria de obter algumas respostas sobre todos esses acontecimentos, como por exemplo, o que Irven Calard e seu sobrinho tem a ver com tudo isso, já que foi por conta deles que me meti nessa história e de que lado desses acontecimentos eles estão e se os aqui presente estão com eles ou contra.

Faço as devidas reverências para os que passam a nos acompanhar. Bebo vinho enquanto os outros falam e depois digo:

Generosa e apreciada por mim é sua oferta. Uma vez mais agradeço vossa intervenção. Terei o prazer de voltar para a capital e recolher o máximo de peças possíveis para montarmos este jogo de apoio e oposição à presença de Verrogar. Além do mais, tenho assuntos inacabados com uma donzela. Agradeço pelas colaborações, elas serão usadas com um bom propósito.


Continuo bebendo e me alimentando de frutas e pães. E depois... Bebo, bebo e bebo até sair dessa cidade.

Assim que ouço o toque da trombeta, me calo e me mantenho calado até que Karr termine de falar. Pego uma das garrafas de vinho com uma das mãos e retiro um pedaço do pernil do porco assado e vou ora mordiscando o pernil, ora tomando um gole de vinho, diretamente da garrafa. Presto atenção no que todos vão dizendo. Ao ouvir as palavras de Alastor, largo o pernil e o vinho. Me levanto, olho para Alastor e sinalizo positivamente com a cabeça e digo, de forma a complementar o que ele acaba de dizer:

- Sua preocupação é nada mais que justa Alastor!

Olho para o General Karr e depois para Norne, e peço aos dois respeitosamente a palavra.

Cumprimento a todos com respeito quando entram, sirvo-me moderadamente de comida e bebida e como lentamente. Escuto o que Karr e cada um tem a dizer antes de responder:

- Não sei se poderei entrar nesta aventura toda, general. Há muita coisa que aconteceu e ainda me perturba a mente por eu não compreender por completo, e outras por afligirem o povo desta cidade. Considere meus votos, eu peço, somente farei aquilo que contribuir para a melhoria da vida miserável das pessoas. Desculpe se o insulto, porém jogos e intrigas políticas são exatamente o oposto dos meus votos e, desculpe pela franqueza, me enojam.

- Agora, conforme Alastor pronunciou, acalmaria meia dúzia de mentes pensantes se o general pudesse nos fornecer respostas para alguns questionamentos ou, ao menos, uma direção para onde pudéssemos buscar este conhecimento.

Após ouvir as considerações dos outros, também tomo a palavra:

Aceito a proposta também. Quanto mais cedo tudo isso se resolver e meu nome for limpo daquilo que me acusaram perante o rei for esclarecido, melhor. Quanto às recompensas oferecidas, me chama a atenção a questão das terras dos Galagrim. Me envolvi emocionalmente com aquela família e não gostaria de ver nada da mal acontecer com o pequeno lorde. Acredito que seria bom que alguém cuidasse de tudo por lá na condição de donatário até que o pequeno tenha idade e preparo para assumi-las. Se for do agrado, posso realizar essa tarefa.

Outra coisa que tenho grande interesse é entrar no Colégio do Conhecimento e também minhas pesquisas sobre os monumentos misteriosos deste mundo. Mais precisamente tudo que se trata da história antiga. Se algo puder ser feito quanto a isso, eu agradeceria.

off: as respostas de Karr, e possivelmente Norne, são feitas assim que cada personagem termina de falar, então, por exemplo, quando Gloin termina de falar, Karr o responde, só então Firiom fala e o general o responde.


GLOIN:


Karr segurava uma taça com a mão enquanto pousava o punho cerrado em sua coxa, ouvindo-o ele diz:
Bom saber que começamos as negociações com um bom proveito, alegro-me em saber que irei cooperar com a recuperação de sua honra Gloin. E é claro, todos ficaremos contentes em termos o garoto de Rarurg de volta, lamento muito por Najila. Que perda! o marido e o filho, na mesma guerra, essa anã merece ter seu filho de volta, com certeza.


Alastor poderá ir com vc´s, se assim ele quiser. Sou um general, mas não são vc´s soldados para que eu possa ordenar-lhes, posso apenas tentar persuadi-los e isto, é claro eu tentarei.


De certo que vc pretende ir atrás de Jacus, precisarei que liste tudo o que vc precisará em sua jornada, lembrando é claro que armas e armaduras vc´s usarão as comuns dos verrogaris, podem até levar outras consigo, mas levantarão suspeitas, estejam cientes disso. É importante também frisar que estou enviando vc´s justamente para não envolver o reino de Marana no resgate, sendo vc´s descobertos, deverão dizer que esta é uma demanda pessoal, não posso colocar Lubliama em risco sem antes falar com o rei, por isso estarei regressando com aqueles que puderem assim me apoiar.


FIRIOM:
O punho do general que antes estava cerrado sobre sua perna se abre como alguém que está surpreso com o que ouviu, após um gole de vinho o general fala:
Como disse a Gloin, tentarei persuadi-los a cooperar comigo, mas, no seu caso, algo me surpreende: Como pretende encontrar Náin? Acha que o antigo capitão da guarda chegará em Lubliama andando feliz e contente? Ou acha que ele emergirá do subsolo dizendo que se ocultou lá? Vai realmente, diante dos acontecimentos, ficar parado e esperar? É assim que recompensa a Najila, que deixou sua casa e suas posses para vc? Esperando que o filho dela retorne, mesmo sabendo que isso não acontecerá? És realmente tão ingênuo ou age de má fé?


E se o que lhe ofereço parece pouco diga-me, o que seria suficiente para que eu possa contar com os préstimos de Firiom?


BAELOR:
Karr agora segurava a taça com as duas mãos, esfregando-as, seu semblante confiante ao falar com Gloin mudava, parecia consternado:
Meu amigo, o pequeno proprietário não pode assumir as terras, não tem,ainda, capacidade para isso. Achas mesmo que os sacerdotes que tomarem o local vão entregá-lo ao pequeno Horic quando este tiver idade? Não meu amigo, digo-o que não, depois de erguerem um templo, tentarão convertê-lo para sua fé e se o pequeno for resistente, poderão acusá-lo de alguma heresia para justificar a posse das terras. 


Digo-o, em verdade, que se quer ajudar o pequeno, cumpra a missão, fique com as terras e entregue-as quando assim for, ao pequeno. Para mim, o local pode se tornar um posto avançado de vigília, de qualquer forma não deixarei que sacerdotes fiquem com o local, não mesmo.


A escolha é sua, pode aceitar a missão, ficar com as terras e entregá-las ao jovem, isso vc pode fazer o que vc não pode, ou melhor, não conseguirá fazer, é submeter minha vontade de não deixar as terras por conta dos sacerdotes.


ALASTOR:
O general sorri, toma outro gole de vinho e come algumas uvas antes de respondê-lo:
Bem, meu caro anão, se me faz esta pergunta é pq creio que vc´s não conversaram entre si, um fato que eu lamento, comunicação é extremamente importante nestes casos. Mas, tentarei ser claro no que sei e vou lhe direcionar a uma melhor solução para suas dúvidas.


Eu, general Karr, não quero nada com Irvem e seu sobrinho Baltazar, eles estão envolvidos em assuntos verrogaris e entre os sombrios. O que me interessa nisso tudo é esta tal adaga, se ela for realmente poderosa como dizem, será de extrema importância para Marana tê-la em mãos.


Agora se quer saber sobre Irvem, sugiro que faça essa pergunta aos demais presentes, aliás, eu mesmo a farei por vc, já que apesar de oficialmente ter Irvem ou não é indiferente, tenho uma curiosidade pessoal de pq esse homem é tão valioso assim para sombrios e verrogaris.


CALION:
Karr sorri curioso e se serve de um pedaço  de porco assado com legumes, ele lhe pergunta:
Finalmente um pouco menos de resistência e desconfiança. Bem Calion, fico feliz que tenha aceitado, mas preciso saber qual das recompensas deseja para si, para que possa providenciá-las.


ARGRIM:
Karr acena com as mãos para que aguarde um pouco antes de falar.

LEOPOLDO:
Karr se levanta apoiando os dois punhos cerrados sobre as mesas:
Por Blator! Eu os reuni alguns dias atrás para fazer-lhes perguntas pq precisava entender tudo o que se passara, como em tanto tempo vc´s não foram capazes de perguntarem uns aos outros sobre os acontecimentos? Eu sei apenas aquilo que é de conhecimento de vc´s, se vc´s não dividiram este conhecimento entre si, terei que que fazê-lo?


Sentando-se e tentando se controlar ele diz:
Pq não o fazem agora, digam cada um de vc´s o que disseram a mim, compartilhem informação e conhecimento entre vc´s, senão estarão perdidos, seguindo cegamente ordens que sequer sabem se culminarão naquilo que desejam, como disse, vc´s não são soldados, não se podem dar ao luxo de simplesmente seguir ordens sem questionar.


Parem, conversem, pensem, especulem sobre tudo o que está acontecendo, e só então tomem suas decisões.


Posso responder as suas perguntas Leopoldo, mas responderei apenas aquelas que teus confrades não sejam capazes de responder, de outra forma, deixarei a eles que tornem público aquilo que conhecem.


CONNOR:
O general sorri, de forma quase maligna. Posso pagar-lhe adiantado metade do valor estipulado, afinal, é o padrão nestas negociações e serve de garantia de que vc voltará. Como disse a Gloin, liste-me o que precisará. Sobre a liderança, não me importa qual de vc´s ficará no comando, então, pode ser vc, a menos que alguém se importe e deseje tbm a liderança, neste caso podem ser Baelor, Alastor, Gloin ou Sam, aquele que se opor deverá enfrentá-lo em combate, para que saibamos quem é o mais capaz.

PAMMALA:
Karr come mais algumas uvas e então diz:
Saiba minha cara, que na capital vc correrá riscos, não deve se preocupar com o que pensa o rei, pelo menos não o o suficiente para achar que isso mancharia a tua honra, e sim se preocupar com o que pensa o povo do reino. Sobre a recompensa, deverá escolher uma e não duas delas, então decida-se entre a carta de recomendação ou as terras, ciente desde já que Baelor tbm as deseja e que em caso de divergência haverão de ser divididos em pedaços iguais para cada um.


TODOS:
O general se levanta com a taça nas mãos e então diz:
Argrim pediu-me a palavra e poderá falar, assim que dois de vc´s, que ainda não se pronunciaram, falarem o que querem. Em seguida Alastor tem uma dúvida sobre Irvem Calard a ser sanada, peço que o respondam, para que depois, possamos responder aos questionamentos de Leopoldo.


Agora Sam e Halt precisam responder.


O pequenino e o rastreador se entreolharam, como se um pedisse ao outro que falasse, Halt então começa:
Não irei em missão nenhuma, estarei, assim que possível, voltando para minha terra, perdoem-me os demais mas isso tudo deve ter um limite e pra mim ele já se esgotou, minha vida vale mais do que a busca insana por Irvem ou seu sobrinho.


O general cerra os dentes, com raiva da resistência dos demais em cooperar, Sam então começa a falar:
Perdoe-me senhor General, entendo que o senhor talvez queira ajudar, mas eu era feliz em Magiara, quando saí de lá queria aventura, perigos e mortes poderiam até ser inevitáveis, mas desde minha saída tudo o que vi foi morte, destruição, sofrimento e traição, estou envolvido em coisas grandes demais para alguém tão pequeno. Minha feitora deve estar certa, talvez seja melhor eu voltar, minha flauta já não toca mais de forma alegre e eu prometi a mim mesmo que quando a alegria abandonasse meu coração, seria a hora de voltar.


Eu não irei, ainda mais para um local assustador como a Lutrúcia, se cavalos arrancam sangue de um humano, imagine o que fariam com alguém do meu tamanho? Não, não quero esse risco, lamento muito, todos aqui são meus amigos, em muitos momentos morreria por vc´s, mas agora que temos a chance de escolher, eu prefiro viver, para Cruine, digo apenas que hj não.


Sam senta-se deixando um General extremamente aborrecido que diz:
Que seja! Pensei que houvesse mais coragem entre vc´s.


Argrim, diga o que tem a dizer, em seguida responderemos o que sabemos a Alastor e Leopoldo.

Utilizo a deixa de Karr e me pronuncio:

- Como a maioria aqui já sabe, vim a Lubliama com alguns objetivos pessoais, que me foram dados pelo meu... digamos....contratante. Durante o período em que estive aqui,cumpri uma dessas missões e após isso, comecei a coletar diversas informações e tenho algumas respostas que podem interessar a Alastor, a Leopoldo, ao senhor, general...

Pego da mesa a garrafa de vinho que estava bebendo antes, tomo um gole e começo a andar ao redor da mesa.

-... mas para poder revelar tais informações, gostaria que todos me dissessem antes o que sabem sobre Irvem e seu sobrinho...

Olho para Alastor:

-...principalmente você...

Olho para Leopoldo:

-...e você...

Terminando:

-...que parecem ter tido um contato direto com ele.


Aguardo a resposta dos que tem alguma informação relevante sobre meus alvos.

Me assusto com a atitude agressiva do general.

- De forma alguma foi minha intenção proporcioná-lo ira, general. Compreendo e compartilho de sua visão, comunicação de fato é um fator chave. Minhas dúvidas são, unicamente, aquelas que nós mesmos somos incapazes de responder.

Mas aguardo a minha vez e respondo a Argrim:

- Irvem hospedou durante algum tempo no mosteiro em Verrogar onde fui criado e, até relativamente pouco tempo, era o único lugar do mundo que eu conhecia. Durante este tempo ouvíamos notícias de uma cidade ou fortaleza sendo construída nas montanhas. Antes da sua partida e jamais retorno, ele indicou-me a direção de Hartoz, ao qual persegui por motivos pessoais que asseguro-lhe não são do seu interesse.

Assim que tiver chance, respondo a Karr:

Meu desejo não é o de criar um priorado nas terras dos Galdarim, mas apenas assegurar o direito de Horic as terras.

Quando o homem de nome Argrim questiona a todos, respondo:

Não tenho conhecimento nenhum sobre o que pergunta.

Frente à resposta do general, falo:

Quanto às terras, General, me ofereci voluntariamente para ajudar no que fosse preciso, não tenho interesse pessoal sobre elas. Se uma escolha precisa ser feita, prefiro algo que possa contribuir em meus estudos históricos, a recomendação para o Colégio.

Depois, continuo:

Imagino que existirão riscos, sim. Até agora, desde que saí da segurança da floresta foi só o que vi, perigos, morte, destruição e guerra. E posso dizer que ao contrário de outros, isso tudo me instiga mais a continuar. Se não for por outro motivo, apenas para ver até onde isso tudo nos levará e como isso tudo terminará. De minha parte, General, saímos quando quiser.

Depois, para os outros:

Bom, se vou revelar tudo publicamente, melhor será que todos me digam tudo o que sabem sobre Vardem e sobre Irvem, até mesmo aquilo que ainda não foi contado. Quanto melhor me preparar para o embate verbal, maior a chance de fazer algo relevante por todos nós.

Quando o General fala sobre nos reunirmos. Atrapalho ele dizendo:

- Eu reuni eles para discutirmos sobre os acontecimentos, mais cada um aqui tem um objetivo pessoal ao que parece, então não vêem motivos para compartilhar do que sabem com os outros. Um exemplo claro é um rastreador, que até então achava que ele era um amigo, e me deixou na mão quando lhes deram informações sobre o paradeiro de seu mestre que por coincidência é esse Hartoz que tanto falam. Eu temo que uma oferta seja dada a Glóin, nossa traição em troca de informações sobre o machado que tanto procura. Eu tive essa adaga nas mãos por diversas vezes e o querido Glóin tratou de entregar nas mãos de Náin, mesmo eu apontando Derin como traidor ele preferiu ficar do lado dele do que me ouvir, mesmo quando Jacus foi capturado ele preferiu ouvir Jered a me ouvir, então eu me recuso a ir com ele! E a propósito general - Sacava seu machado de sua perna e colocava sobre a mesa - Aceito suas propostas. Se alguém quer medir forças estou a disposição.

Olho para Karr com um olhar que demonstra a tristeza que assola minha alma e digo:
Não creio que seja ingenuidade de minha parte senhor, mas algo em mim mudou com os ultimos acontecimentos. Eu ja fui movido pela ira e desejo de vingança até pouco tempo atras, mas eu fiz uma promessa e tenho de cumpri-la e algo mediz que devo ficar aqui para cumpri-la, algo mediz que se eu for para longe nunca encontrarei Nain e minha alma sera atormentada por toda a eternidade por causa disso.

Eu agradeço as considerações do general e respondo a Alastor o que sei sobre Irven:
Sobre Irven, meu caro Alastor eu vou dizer que só sei que ele está envolvido no sumiço do machado de meu clã e se for ele um dos causadores direta ou indiretamente de tudo o que está ocorrendo comigo, só lhe garanto que ele vai ficar uma cabeça menor.

Quando Connor vem a me insultar e jogar na minha cara inverdades, calúnias e mentiras eu paro de comer imediatamente, engulo o que tenho na boca e digo:
Me insulta de tal forma que muitos aqui poderiam dizer que você é perfeito, que não possui defeitos, que tudo o que faz está certo, que você nunca erra. Náin é meu afilhado, eu confio nele, em Najila e confiava no estimado Rarurg, que Blator e Parom o tenham em seus salões, como confio em qualquer um de minha família, por eles eu colocaria fogo em minha barba. Eu não trairia confrades nem que o inimigo me DESSE de volta o Prata Incandescente, preferia morrer com honra ao tentar recuperá-lo nem que fosse pela força bruta. Preferi confiar em Jered porque até ELE eu achei melhor que você no momento. Você Connor, é um canalha filantiano que sequer sabe o que é ter genuínos amigos porque é petulante, insolente, impertinente, estourado, desrespeitoso, mal educado, mal criado e além de tudo isso não sabe acatar ordens, não sabe seguir, não sabe admitir que está errado nem que esteja morrendo; você é quase como um cão raivoso, que só quer saber de matar, comer, beber e fornicar. E serei eu a não ir se for você a comandar a comitiva.

Ainda sentado cruzo os braços e olho fixamente pra Pammala pensando: Guerreiros...
Depois me levanto e digo:
Senhores, por favor... Estamos recebendo vantagens, diante de um excelente banquete, vinho produzido pelos próprios deuses. Todos tivemos problemas, alguns sofreram mais, outros menos. Todos temos culpa pela situação atual. Temos muitas tarefas e muitas pessoas, não precisamos brigar por nada. Nossa situação é confortável.

Pego meu copo e fico atento, pronto pra pular caso algum combate se inicie.

Viro-me para Pammala e digo (em élfico):
Então por hora não deseja nada? Nada mesmo?

BAELOR:
Karr o responde, enquanto coça o queixo:
É como disse Baelor, se quer segurar as terras para o jovem Horic, então fique com elas e entregue a ele, pq se deixarmos que os sacerdotes cuidem dele e de suas terras, elas servirão aos interesses de um Deus e não do seu proprietário. Para mim, é mais fácil dizer que as doei, em troca de favores, do que simplesmente tomá-las dos sacerdotes e deixá-las sem uso, não terei dinheiro agora para fazer naquela o que pretendo e não sei como Augustu vai reagir depois que chegarmos na capital com as notícias.

PAMMALA:
Karr lhe escuta desconfiado, ele apenas acena positivamente quando vc fala da carta de recomendação e encerra o assunto dizendo:
Cedo ou tarde teremos que falar elfa, eu, que os conheço a pouco tempo, estou mais apto a revelar o que sei do que vc´s, que deveriam ser amigos, isso me é estranho.

CONNOR:
Antes que o machado chegasse a mesa Karr já estava de pé e prestes a retirar a espada da bainha, ao ver que vc apenas oficializava o desafio ele sorri novamente e diz:
Por um instante achei que este lâmina era para mim. Agora vejo que o jantar será mais animado do que imagino, mas primeiro, as negociações.

FIRIOM:
Ainda de pé, Karr apenas acena com a cabeça como se aceitasse sua argumentação, o general parecia ansioso e excitado com a possibilidade do combate.

GLOIN:
Sentando-se Karr diz, animado:
Vc aceitará o desafio de Connor Gloin?

TODOS:
Nesse instante Norne se levanta batendo forte com o cajado no chão:
Eu ainda sou o senhor deste templo, e exijo respeito! Connor e Gloin, não há pq brigar, escutem Calion, vc´s estão em vantagem ,será que é a dificuldade que os mantinha unidos, um mínimo de conforto e suas diferenças pessoais passam a ser maiores do que a vida de outras pessoas?

O general disse que a lista é apenas uma sugestão, se um não quer o outro, apenas mudem de tarefa e não terão que se tolerar, agora se oque querem mesmo é uma luta, então que seja uam luta limpa, sob as bençãos de Blator e que termine assim que a primeira gota de sangue seja derramada.

Sorrindo do desespero de Norne, Karr diz acenando para que Connor sente-se:
Norne está certo, temos coisas a resolver primeiro. O que sei sobre Irvem é que ele viveu em Seviala escondido, descobriu uma forma de trazer uma alma de volta a vida e para tentar fazer isso se refugiou em Fontenova, as informações vazaram e os sombrios foram atrás dele e do seu poder. Ele então sumiu mandando parte do que sabia com seu sobrinho para ser entregue a este tal Hartoz em Lagia.

Alastor e Halt deveriam levar o sobrinho em segurança para Seviala, para onde Irvem voltou depois do ataque dos sombrios em sua cidadela, lá foram presos e só libertos sob a condição de acharem Baltazar, que estaria indo para Lagia recuperar aquilo que deixara com este Hartoz.

Neste momento Karr olha para o jovem que o acompanhava, como se quisesse uma confirmação sobre não ter errado no que dizia para em seguida olhar para Leopoldo, ameaçadoramente.

Então o general fala:
Continuaremos com as perguntas ou podemos ir para o combate entre Connor e Gloin?

Norne olha com desaprovação para o general.

OFF: Foi mal, ontem eu tava escrevendo a explicação de Alastor quando a luz acabou.   

Ficava de pé após a resposta de Glóin:

- Você esqueceu de dizer que sou melhor em combate do que você e fiz mais por essa terra do que jamais fará! Desde a confusão que eu fiz em Magiara, quando eu quis quebrar aqueles Verrogaris, você possui essa rixa comigo! E se quer saber você é o anão mais elfo que eu conheço! - Digo apontando para Calion - Assim como o Calion é o elfo mais macho que eu já vi em Marana!

Me mantenho em silêncio para ouvir o sermão de Norne, ao final fico até mais irritado, ficando de pé e falando firme na Língua dos Anões, meus olhos lacrimejavam enquanto falava, de minha boca saía resquícios de saliva para todos os lados:

- Você não estava lá quando eles escolheram Vardem, a mim! Eu tinha em mãos a adaga negra e uma carta que comprovava o envolvimento de Vardem com Verrogar. E vi ela escorrendo de meus dedos porque eles preferiram seguir seus objetivos pessoais e mesquinhos! Em nenhum momento foi me dado um mínimo de confiança, eu tombei frente a uma flecha amiga. Eu derramei sangue para protege-la e o que eu ganhei?

Sentava-se quando fui solicitado por Karr, assim terminava seu mini discurso:

- Meu espírito foi forjado em sangue e aço e eu posso ter todos os defeitos do mundo, mais não sou oportunista, enquanto amigos derramam sangue...

Digo aos que estão fazendo confusão de modo calmo:

Acalmem-se senhores, não chegaremos a lugar nenhum desse jeito. Um líder não é aquele que apenas sabe lutar e vangloriar-se de si mesmo, nem mesmo alguém que apenas cita os defeitos dos outros e escuta apenas a própria voz. Mestre Norne é um exemplo de como ser um líder, há tempos que não o vi pegar em seu machado, mas ainda sim os habitantes da cidade, e até nós, o consultamos e o tomamos como uma referência. Isto é um líder. Ele foi escolhido pelo povo e os conquistou por seus ações e não por seus duelos. Além do mais um duelo apenas irá nos levar a uma situação ainda pior na qual estamos, gerando um mal-estar na comitiva. Algo que aprendi é a apagar o passado, mas aprender com os erros. E acho que o único jeito de evitarmos isso é uma votação fechada, sem que os outros vejam seu voto. Eu estarei omisso a isto. Conheço muito pouco de vocês. Seguirei àquele que mostrar merecido. Se ainda insistirem no duelo, independente de quem ganhar, apenas mostraram que um é melhor combatente que o outro, mas não que é um líder melhor.

Depois fico um pouco em silêncio e digo:

Desculpem se ofendi alguém. Independente de quem será o líder, irei nessa missão.