Cena 1: Céus em Chamas

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Resultado dos Testes:

Daniel se arrasta pela relva alta, cortando o rosto e as mãos no mato e na terra. Ele tenta manter a mente no lugar e não se desesperar com os disparos que silvam acima de sua cabeça ou aqueles que acertam o chão perigosamente perto de si. Nem com os gemidos de dor partisans, soviéticos e nazistas alvejados. Apesar de tentar, Daniel só percebeu o tiro de canhão quando o projétil incandescente riscava os céus, e não pode determinar sua origem. Os poucos metros até o cadáver inimigo foram penosos, mas finalmente o alcançou. Vencendo os mais fortes instintos, Daniel se arrasta por cima do homem, o agarra pela cintura e gira o corpo no chão, fazendo com que o defunto ficasse entre ele e os inimigos.

Ainda é possível sentir o calor residual deixando aquele ser sem vida, e Daniel vasculha o cadáver com suas mãos ligeiras. Ele encontra uma pistola Luger, aparentemente carregada como pode perceber pelo peso, no cinto e munições de pistola e rifle. O maldito também carregava uma granada modelo 24, agora em posse do partisan.

Longe dali, Boris e Serguei se arrastam na tentativa de atravessar a estrada e chegar até a relva alta do outro lado, onde tentariam abrir fogo de surpresa contra a metralhadora alemã. Eles se aproveitam da vantagem da escuridão agora que os holofotes se apagaram e só resta a luz das chamas dos três caminhões próximos. Serguei vai na frente e consegue seu feito. Boris vai logo atrás, porém é tragicamente impedido quando se aproximava do velho caminhão. Uma labareda saltou e, sem que o soviético percebesse a tempo, alastrou em seu uniforme. Tarde demais, Boris sente a chama e se desespera, rolando pelo chão na tentativa de extingui-la.

Serguei tem os olhos arregalados na direção do seu superior, sem saber como reagir. Ele está oculto da metralhadora inimiga, porém Boris acaba de ser revelado.

O último caminhão da fila explode atingido pelo tiro de canhão e é engolido pelas chamas. O segundo esquadrão nazista atinge seu ponto de máxima proximidade da estrada, completamente revelados pela luz dos holofotes. Os disparos de seus rifles e submetralhadoras anunciam o triste fim dos partisans. Próximo a Daniel, um dos soviéticos cai morto, atingido na cabeça por um tiro certeiro. Já é um milagre terem retido o avanço do esquadrão inimigo por tanto tempo, além de terem derrubado alguns deles, porém o fim se torna evidente.

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Resultado do Teste:

Cristhian tenta manter a cabeça no lugar e dá as primeiras braçadas em direção àquilo que ele julgava ser a margem próxima. Nadar vestindo farda e botas, carregando uma arma a tiracolo e a pasta com os protocolos da missão é penoso, mas o rígido treinamento do exército o capacitou para isso. Aos poucos, Cristhian avança até que seus pés pudessem sentir o lodo do fundo do rio e alcança a segurança de um banco de areia. Ele permite se sentar para recuperar o fôlego e vê que perdeu muito mais que os óculos. Provavelmente o rádio, os mapas e documentos da missão e sua fé no sucesso se foram junto com a queda. Eventualmente, até mesmo suas armas sofrerão após esse pouso na água salobra do Sena.

Enquanto isso, Robert tentava não pensar em mais nada que não fosse seu objetivo imediato, o de salvar a vida dos soldados sob seu comando. Ele vê o paraquedas na superfície do rio e mergulha, já com a faca na mão. E então veio o pavor de súbito, pois ele não podia enxergar nada debaixo d'água! Era a mais completa escuridão que ele já havia presenciado, e uma tarefa aparentemente simples se torna extremamente difícil. Ele precisa tatear os cabos até alcançar o corpo do piloto, e no meio da confusão sente as mãos frenéticas do outro soldado. O piloto não se mexe e deve estar inconsciente. É impossível saber o que o outro soldado está tentando fazer, mas Robert se esforça em romper os cabos com a faca, até que consegue libertar o homem. Ao trazê-lo para cima, Robert se livra daquele pesadelo, pois agora mesmo a noite já não é mais tão escura.

Juntos, Robert e o outro soldado arrastam o piloto inconsciente até o banco de areia da margem sul. Imediatamente, o soldado inicia os primeiros socorros e o piloto expele grandes quantidades de água. O homem tosse desesperadamente e volta a respirar, para alívio de Robert.

- Salvou nossas vidas, senhor. - Diz o soldado que guarnecia a metralhadora algum tempo atrás.

Mas Robert não consegue aceitar o agradecimento. Agora que podia respirar e pensar com cuidado, percebia o quão trágico havia sido o desenvolvimento da missão até agora e o quão infeliz e precipitado fora na sua decisão de reunir os homens no porto de Le Havre. Os documentos, mapas e protocolos da missão foram severamente avariados quando caíram na água, e sabe-se lá qual o estado do maldito rádio. Ele, Cristhian, o piloto e o outro soldado estavam encharcados e suas armas correm risco de falhar quando mais forem necessárias. Havia um motivo para querer pousar um planador ao invés de saltar de paraquedas, e era manter o grupo coeso. Além disso,
apesar de Le Havre e Honfleur serem próximos, havia um rio entre eles de pelo menos 1 km de largura na parte mais estreita, cuja travessia para o norte exauriria seu grupo e o retorno para o sul seria ainda pior. Suas forças estavam fragmentadas em território hostil, sem comunicação nem mapas e a escolha do ponto de encontro agora remoía sua mente.

O soldado vasculha suas provisões a fim de encontrar bandagens para aplicar no piloto ferido. Não era preciso a opinião de um médico para saber que não é possível viver muito tempo com fragmentos de ferro no tórax naquelas condições. Ainda que o piloto sobreviva, ele dificilmente conseguirá acompanhar o grupo. O céu está quieto e não há como saber o destino do outro planador.

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Resultados dos Testes:

Sabão deixa a ponte de comando devastada e corre escada abaixo, saltando três degraus por vez. Antes de chegar ao convés, ouviu o grito de alerta de um alemão passando pelos estreitos corredores do navio e a detonação de uma granada. Logo em seguida, o tiroteio retorna com as rajadas sucessivas da submetralhadora e os tiros precisos de rifle dos dois soldados brasileiros defendendo a ponte. Os nazistas são suprimidos e não há sinal de fogo da metralhadora inimiga... ao menos por enquanto.

Enquanto isso, Vieirinha é surpreendido pelo alemão e não consegue preparar a pistola para atirar a tempo. O nazista ergue o rifle e desfere uma forte coronhada contra o rosto do brasileiro, que tenta se defender com os braços. Sabão viu a cena de longe e até contorceu o rosto quando viu o golpe, mas ficou espantando quando Vieirinha sequer caiu no convés. O brasileiro suportou o impacto com a dureza de um homem de ferro, e exibe o um sorriso com todos os dentes intactos para o inimigo. A arma continua firme em sua destra.

Resultado do Combate:

O alemão não teve tempo sequer de voltar com o rifle para a posição normal e Vieirinha já tinha engatilhado a primeira bala. O brasileiro dispara uma rápida sucessão de 4 tiros contra o peito do nazista à queima-roupa, o último a menos de um palmo do alvo. Os projéteis perfuram costelas, pulmões e tripas, e uma nuvem rubra esguicha do corpo do inimigo após cada disparo. Uma das balas atravessa o corpo e se aloja na madeira do convés.

O pesado corpo do soldado inimigo desaba sobre o convés. O homem geme e cospe sangue. Ele rola e fica de costas para o assoalho, e encara Vieirinha uma última vez nos olhos. O barulho da metralhadora alemã retorna, e vocês sabem que os brasileiros na ponte de comando não vão durar muito mais tempo.

Vieirinha toma posse do rifle do alemão morto, um Karabiner 98k em ótimo estado de conservação e Sabão o alcança correndo. Vieirinha examina cauteloso agora o corredor do convés e não vê sinal de alemães deste lado. Ele escuta os tiros da ponte de comando e Sabão explica rapidamente a situação. Seus colegas de armas estão conseguindo comprar algum tempo. Vieirinha vasculha rapidamente os bolsos do soldado abatido e se dá por satisfeito ao encontrar alguns clipes de munição.

Vocês jogam as coisas dentro do bote e se apressam em desamarrar. Sabão usa a baioneta do rifle que conseguiu a pouco para cortar as cordas na tentativa de apressar o processo. Cuidado tem que ser tomado, contudo, para que os dois lados do bote desçam juntos.

O bote já está quase na água quando vocês escutam clamores do convés inferior. Os passageiros a bordo do navio, alguns dos homens, mulheres e crianças brasileiros que viajavam junto com o cargueiro, que não ainda não pularam nas águas em fuga, gritam por vocês:

- Os soldados vão nos salvar! Vamos ao bote! Eles nos salvarão!

Um deles, um homem, sobe na grade do parapeito e se equilibra na tentativa de saltar para dentro do bote que vocês estão descendo.