Arco 4.1 - Argrim, Calion e Leopoldo

Noite do dia 11 do mês de Sevides, Primavera, Sopé da última montanha dos Palomares.


A carroça segue lenta até o sopé da montanha. Alastor descera e caminhava sem dificuldade ao lado de vc´s enquanto resgatava alguns gravetos e cantava a mesma música que estava cantando nos corredores do Templo de Pedra, em Lubliama, fazendo-os lembrar dos últimos acontecimentos e dos amigos deixados para trás.

Quase meia hora depois vc´s chegam a encosta da montanha e podem se preparar para acampar, Alastor já reunira gravetos suficientes para manter uma fogueira acesa pela noite toda, havia água e comida suficiente e o anão foi desestimulado da ideia de caçar algum animal para matar sua fome de carne. Com Calion e Argrim cansados caberia a Alastor e Leopoldo o primeiro turno de vigília. Mantendo dois turnos, Calion e Argrim encerrariam sua vigília ao amanhecer e Leopoldo e Alastor cuidariam de guiar a carroça, desta forma fariam um rodízio onde a cada dia uma dupla diferente poderia cuidar da carroça, parecia equilibrada e justa a ideia.

Argrim desamarrou os cavalos da carroça colocando-os próximo a uma das poucas árvores dando-lhes um pouco de comida e água, Leopoldo distribuiu a comida enquanto Calion acendia a fogueira. Alastor procurava alguns panos que pudessem lhes servir de cobertor enquanto dizia:


"Dormir ao relevo, perto das pedras, é normal para mim, talvez não seja para vc´s, melhor procurarem com o que se abrigar do frio"


Quase um hora depois da chegada ao sopé da montanha e já alimentados Calion e Argrim se rendem ao sono e alguns minutos depois Alastor anuncia a Leopoldo enquanto se levantava e pegava seu martelo:

"Você deve estar cansado sacerdote, se quiser pode dormir um pouco, vou subir um pouco a montanha e vigiar de cima, o fogo lhes ajuda a visão, mas para mim enxergo melhor a escuridão total do que na claridade de poucos metros que esse fogo oferece. Não se preocupe que estarei próximo e cuidando de vc´s." 

Enquanto preparávamos a fogueira e o acampamento, satisfaço o desejo de Calion (off: ui!) iniciando um de meus sermões:

- Pois saibam bem vocês todos, guerreiros que vivem das armas, que palavras bem saídas da boca de um pregador ou acompanhadas pelo dedilhar de um alaúde por um bardo, podem sofrer tanto efeito quanto o mais devastador golpe de machado.

- Ocorre que entre nós do mosteiro contamos uma história para os acólitos ainda infantis de Falastor, um sacerdote de Selimon de fala tão mansa que acalmava feras selvagens!

- Dizemos que em uma de suas andanças, Falastor foi surpreendido no ambiente selvagem por um terrível orc faminto! A criatura urrou contra o sacerdote, anunciando sua fome de carne humana e brandindo sua arma. Falastor então ajoelhou-se rapidamente e ergueu seu cajado em oferenda ao inimigo, que ficou pasmo com a reação inesperada.

- "Toma, ó feroz criatura, o lenho alimento mais saboroso da terra! Pois é mais merecedor do alimento do que eu!" disse Falastor. O orc estranhou, e retrucou "Mas que alimento pode ser o mais saboroso da terra se não é carne e se parece com madeira comum?". Eis que o sacerdote responde "Esta é a hóstia divina que sacia a fome do estômago, a fadiga do corpo e o cansaço da mente! Um lenho que o alimentará por invernos e verões a vir! Há, porém, uma regra a cumprir". O orc bradou sua arma no ar e vociferou "Eu não faço acordos! Dê-me o alimento ou eu o arranco de você!". Falastor se ergueu e respondeu "Não pode se alimentar de carne por semanas, nem mesmo tê-lo vontade de fazer, ou o lenho terá um gosto terrível em sua boca! Eu o entrego a você, se me permitir viver e continuar minha jornada".

- E não é que o selvagem cumpriu o acordo? O cajado que Falastor entregou significava a sabedoria divina. Imagino como foi a cena cômica, um orc mastigando a extremidade de um cajado, julgando que o gosto amargo da madeira era fruto de sua vontade de comer carne! Sábios são os deuses.

Percebo ao fim da narrativa que Calion e Argrim já se entregaram ao sono. Sempre funciona! É por isso que contávamos às crianças no mosteiro quando iam dormir.

- Seria verídico se orcs falassem e pensassem antes de nos comer... - falo em voz baixa pra mim mesmo.

Vendo a expressão de descrença de Alastor, provavelmente não satisfeito com o trocadilho com seu próprio nome, respondo-lhe após suas considerações:

- Eu posso resistir bem ao cansaço da noite, mestre anão. Fui criado num mosteiro, não se esqueça. Somos os melhores em resistir ao sono, seja diante de sermões longos ou noites em vigília. Eu ficarei aqui. Só não se afaste muito, posso precisar de sua ajuda em um eventual ataque noturno de feras.

Aqueço-me com o calor do fogo e a cobertura de meu manto.

Ofereço minha roupa de inverno ao sacerdote. Se ele não aceitar, eu mesmo a uso.

(Off: Pow Leopoldo, dá um tempo, já me basta o Haydeé.. É o suficiente pra aguentar... Passa pra lá   Em direção ao Argrim...)

Hhhehwehwehwhewhewh elfinhos são desejados Dani, acostume-se.

Off: posto ou hoje de madrugada ou no final de semana.

As horas passam lentas e o fogo queima rapidamente obrigando-o a alimentar a fogueira mais de uma vez e fazendo-o organizar uma pequena forma de racionamento da madeira que possa manter as chamas até o raiar do sol.

Enquanto aguardava refletia sobre os últimos acontecimentos, questionando o que Selimon estaria preparando para vc, sabia, de alguma forma, que precisava estar ali, não conhecia os motivos e nem gostaria de realmente estar nestas condições mas algo o fazia continuar, insistindo que fosse até o fim, onde talvez algo lhe fosse revelado, mas exatamente o quê? Muitos teriam desistido, mas não vc, algo o movia, o guiava para estar com estas pessoas em busca de respostas, essa força se chamava fé, e era isso que o diferenciava dos demais.

Pouco antes do término de sua vigília vc vê o vulto de Alastor descendo o morro, vc se tranquiliza de tudo ter corrido bem até notar que alguma coisa estava errada, ele não trazia nada as mãos, Alastor não se separava do seu martelo, leva-o consigo e dormia abraçado a arma, mas naquele momento ele estava sem sua arma e gritava:

"Corram! Corram logo malditos!"

Enquanto vc se levantava um zunido pode ser ouvido e ao olhar novamente para o anão vc vê uma lança atravessar-lhe as costas, mais acima, dois vultos, altos e largos podem ser vistos, eles parecem estar trazendo armas e avançam na direção da clareira onde vc´s estão.

O grito de Alastor não foi suficiente para acordar Calion e Argrim.

Pego meu cajado e esbofeteio apavorado Calion e Argrim com ele, gritando:

- Por Selimon! Estamos sendo atacados! Acordem! Acordem!

Tento examinar melhor os vultos e determinar o que seriam (homens, elfos, orcs...) assim como as armas que carregam.

Olho para Alastor e tenho o impulso de ir até ele, mas o medo e a prudência me impedem.

- Alastor! O que aconteceu?

Quando sou acordado, dou um reclamada e passo as mãos nos olhos. Ao ouvir o sacerdote, pulo, ficando rapidamente em pé. Coloco minha mochila e o alaúde nas costas, pego o escudo e saco o gládio.

Digo:
Acho que Selimon também estava incomodado com o ronco de Argrim.

Levantava rapidamente, irritado pela forma abrupta como havia sido acordado:

- CARALHO, Sacerdote!!!

Já de pé, apertava os olhos tentando ver o que acontecia ao meu redor. Só então me dava conta do significado dos gritos de Leopoldo, da movimentação de Calion e do corpo de Alastor a diante. Corria para vestir meu traje e pegar minha arma. Digo à Calion enquanto me visto:

- E ele não já me puniu pela mão de seu sacerdote?

Alastor está caído a mais ou menos 10 metros, ainda na subida do morro, os vultos estão uns 20 metros acima, o que arremessara a lança tira uma machado da cintura, o outro ergue a lança preparando-a para um arremesso, quando percebem vc´s eles aceleram o passo e emitindo um som estranho, um chiado, grave e rouco.

Façam um teste de Observar, Médio para Calion (por ser elfo e ter pouca iluminação no local) e Difícil para Argrim e Leopoldo.

A lança é arremessada na direção de vc´s.

Rolagem para verificar quem será atingido e rolagem de ataque:

1-3 Argrim
4-6 Calion
7-9 Leopoldo
10 - Fogueira

Uma observação sobre sono e armaduras: acho que Calion e Argrim possuem armaduras e podem ter dormido com elas ou sem elas, cada um precisará escolher, ter dormido com a armadura implicará em penalidade devido o sono difícil, ter dormido sem reduzirá a defesa de vc´s caso decidam combater.

O membro 'Samyaza' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'd10' :


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#2 'd20' :

Ergo o cajado com as duas mãos com firmeza em posição defensiva e avanço lenta e seguramente em direção a Alastor.

- Alastor está caído, não podemos fugir. Teremos de ficar e lutar! Em posição, podemos chegar ao anão antes deles!

Os caminhos de Selimon são estranhos. As criaturas não parecem racionais pelos sons que emitem, mas são inteligentes ao ponto de usar armas. Devemos lutar pelas nossas vidas!

- Calion! Argrim! É melhor vocês ficarem a minha frente! - digo já gaguejando.

Teste de Observar: Hugar efetuou 1 lançamento(s) de dados d10 :

Opa, errei o dado. Hugar efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

Teste de Observar:

O membro 'Renan Paladino' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd20' :

Teste solicitado Blanchard efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

Faço o que o sacerdote diz, ainda tentando identificar o que nos ataca.

(Off: Estou sem armadura, apesar de couro - mesmo rígido -não castigar tanto o corpo).

Código:

Sistema de Observar de Argrim: Observar 2, Difícil, tirou 16, vermelho, sucesso.

Sistema de Observar de Leopoldo: Observar -7+0 (uso de habilidade sem nível -7+ajuste de atributo), Difícil, tirou 2, falha.

Sistema de Observar de Calion: Observar 2, Médio, tirou 17, vermelho, sucesso.

Sistema de ataque em Argrim: L6-2 (ainda está vestindo a armadura) = 4, criatura tirou 16, vermelho, 75% , 16 de dano na EH, atualizar a EH na assinatura por favor.


Leopoldo se surpreende com a velocidade com que a lança passa perto da sua cabeça, foi possível ouvir o zunido com nitidez e até sentir uma brisa pela velocidade da arma.
Enquanto Argrim vestia a armadura e falava com Calion ambos percebem que as criaturas são muito mais largas que humanos, a cabeça tem formato estranho, parecendo a de um jacaré eles possuem caudas grossas e pesadas que se arrastam pelo chão.

Antes que Argrim pudesse colocar toda sua armadura uma seta passa perto dele fazendo-o rolar pelo chão para não ser atingido. Calion pegou suas armas e vê que Leopoldo está entre vc´s e os monstros, uma posição nada segura no momento.

Ao ver o sacerdote se adiantando, amaldiçoo os deuses, solto meu escudo e gládio, pego o alaúde e toco uma canção com notas rápidas.
Um guerreiro corre desarmado
Temo o mesmo medo,
Mas engano, engano ledo
Nós podemos resgatá-lo.

Morrer por anões,
Matar por deuses.

(Canção do ânimo 3)

Depois pego novamente a arma e o escudo.

Levantava novamente agradecendo a Palier em seus pensamentos pelo destino final da lança não ter sido sua cabeça. Terminava de vestir a cota de malha enquanto observava a atitude precipitada de Leopoldo. Pensava:

" Tenho de agir rápido ou esse sacerdote vai acabar nos matando a todos. Se ele sobreviver, há de se ver comigo."

Sentindo o coração acalentado pela canção do elfo, mas preocupado com o que poderia acontecer ao sacerdote, ordenava em brado:

- LEOPOLDO!!! SE VOCÊ NÃO VOLTAR PRA CÁ, LANÇARÁ NÃO APENAS ALASTOR, MAS TODOS NÓS AOS BRAÇOS DE CRUINE! VOLTE AGORA PARA A CARROÇA E SE ABRIGUE!


Assim que estivesse trajado e de posse da espada, partia rapidamente em direção a árvore onde descansava seu cavalo. No caminho, chamava Calion com um assobio, apontando então para a carroça e dizendo, em seguida, com o semblante tenso:

- Rápido! Proteja-se!

Assim que chegasse, soltava o cavalo de batalha e montava, partindo então ao encontro das criaturas, numa tentativa de retirar suas atenções de cima do Sacerdote.

A passagem da lança desperta novamente a covardia em mim. Meu coração acelerava e os pés correm, correm como o vento!

- AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!!!

Avançar para a retaguarda! Retirada estratégica! Fuga!

Fujo na direção da carroça, uso-a como cobertura e esconderijo.

- O QUE EM NOME DOS DEUSES SÃO ESSAS COISAS?!

(off: há quantos cavalos? eu recuperei algum karma?)

Código:

Sistema da magia: Calion e Argrim aumentam suas colunas de ataque em +3

A canção de Calion enche o seu coração e o de Argrim de coragem e atitude, qualquer receio fora afastado e estavam prontos encarar o combate com dignidade dos heróis que são, Leopoldo porém, mais distante não foi atingido pelo mesmo ânimo e ante os gritos de Argrim recobra-se e reconhece que estava se precipitando, vendo que não poderia ajudar muito num combate direto, passa por Calion que o encara com um olhar de confiança e em seguida por Argrim que o recebe com um olhar sereno, de quem estava pronto para fazer algo cotidiano, rotineiro, as pressas o sacerdote se joga para trás da carroça e observa a árvore próxima onde os cavalos estavam amarrados (são 2 ou 3 se não estou enganado, o cavalo de Argrim é treinado para o combate).

As criaturas se aproximam rápido, repetindo seus grunhidos guturais como se tentassem ameaçá-los. Eles passam por Alastor pisoteando com agressividade enquanto erguiam grandes e largas espadas. Argrim terminara de colocar sua armadura e Calion pegava novamente suas armas, as criaturas se estavam próximas, o combate de verdade começaria agora:

Rolem iniciativa.

Leopoldo, recuperou 34pontos de karma.

heuheuhe, errei, 4 pontos de karma é o correto.

Iniciativa:

O membro 'Renan Paladino' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd10' :

Iniciativa (agilidade 2) Blanchard efetuou 1 lançamento(s) de dados d10 :