Parte 1

O castelão chama um cavalariço para atendê-lo. O menino de 16 anos fica impressionado com a zebra, nunca havia visto tal animal.

Alamut é deixada nos estábulos bem cuidada e você segue para o interior do castelo. Após atravessar vários corredores, sempre repletos de guardas bem armados e educados, você é deixado em seu aposento. Um quarto espaçoso, com cama e lençóis de linho, um grande espelho, guarda-roupa e baú, escrivaninha, uma banheira de madeira cheia de água e uma pequena varanda ameiada. Dois guardas montam posto na porta do seu quarto e um deles diz:

- A água da banheira é fria, mas podemos arranjar água quente se desejar. Também pode pedir por outros aromas se as ervas não lhe agradarem. A comida será servida em breve.

Vocês cruzam olhares do lado de fora da Catedral, cada um em uma extremidade da larga entrada. Algumas pessoas ainda trafegam entre vocês dois. Nierom vê Thartalion entregando algumas moedas a um pequeno rapaz, que dispara para o interior do templo novamente e desaparece.

Vocês veem outro jovem rapaz subir as escadarias da praça, passar por vocês sem olhar para os lados e entrar na Catedral. Bem vestido, o garoto não parece chamar maior atenção.

Testem Observar.

Aos primeiros gritos de Bonnie, o sumo-sacerdote o repreende, e Bonnie sente-se compelido a abaixar o tom de voz. Fintan Vidar escuta tudo o que vocês dizem com atenção e então responde:

- Nada de armas em um templo de Selimon. Vou dizer-lhe o que os sacerdotes estão cansados de repetir: criaturas das trevas não podem pisar no solo sagrado em que foi erguido esta catedral. Posso garantir-lhe pelo nome santo de Selimon que estarão a salvo neste templo. Ontem a noite invoquei um milagre que impede lutas e qualquer comportamento hostil, e durará até a próxima meia-noite. Entretanto, pelos relatos que me dizem, operarei novamente este milagre, desta vez com maior dedicação. Reunirei os sacerdotes em um ritual a meia-noite, e a área de paz será permanente pelo próximo um ano. Satisfeitos? Poderão buscar proteção nesta nave sempre que precisarem.

Então, em resposta a Thalles, ele diz:

- A catedral é extensa, e vocês tem um encontro com o rei esta noite, assim como eu. Em respeito a vocês, ordenarei alguns acólitos em uma busca minuciosa.

Neste momento, uma criança aborda vocês. Ela faz uma educada reverência ao sumo-sacerdote e lhes diz:

- Me mandaram dar um recado pra vocês. Um enviado do castelo os aguarda do lado de fora do templo, e que não saiam sem antes falar com ele.

E sai correndo novamente. Ao observa-lo cruzar os arcos da catedral, vocês percebem que outro rapaz jovem está parado de pé bem no meio do caminho entre as portas e o altar, observando vocês com postura austera. Ele veste boas roupas, botas e capa e tem as mãos juntas no centro do corpo e está olhando diretamente para vocês. O sumo-sacerdote o percebe também e se despede:

- Parece que mais de uma pessoa os aguarda. Devo me retirar. Que a paz de Selimon os guie.

Estranhamente, a magia de Anya falhou, e ela se viu segurando um vaso de cerâmica que resistiu em se desintegrar. Havia algo maior no templo impedindo seus poderes. A pequenina olha para você, salta da cama e grita:

- Vê? Seus feitiços malignos não estão com você também! Mas meus músculos estão comigo ainda!

Mas apesar da ameaça de bater em Anya, Joaquina fica confusa e sai correndo do quarto, desaparecendo em seguida.

A magnífica Catedral de Selimon fica na parte mais alta de uma grande praça com várias árvores, fontes e escadarias. É um templo enorme, construído em pedras alvas, com altas colunas, torres e arcos. Na parte frontal, três portas duplas dão acesso ao interior e algumas pessoas transitam por lá. Aparentemente, o primeiro culto do dia terminou e as atividade cotidianas se iniciam na cidade.

Ao se aproximar, você percebe os intrincados detalhes e ornamentos da arquitetura. Assim como dois homens suspeitos, um a cada extremidade da entrada da catedral. Um deles veste um traje com o brasão do reino de Verrogar e o outro um robe vermelho e tem a pele negra. Eles se encaram, mas não te viram ainda.

Earl responde:

- Mas Abadrel, já sou casado com uma!

Earl pega vários pães e enfia na boca mais do que pode mastigar.

A sacerdotisa veste veste um traje branco detalhado com pinturas de rosas vermelhas por ele todo. Apesar de ser uma veste longa, deixa os braços a mostra, um decote suspende os seios, e um corte deixa uma das pernas a mostra. Ela tem a pele bem branca e olhos e cabelos negros.

Apesar de se deliciar com ela, um homem sobe em um dos corredores mais altos que o gramado e começa a anunciar o início da competição, fazendo as sacerdotisas deixarem o local.

- Sejam todos bem-vindos a este maravilhoso templo de Lena e vamos dar logo início à competição. Basta lembrá-los, que a equipe vencedora animará a corte esta noite!

Você descobre que as equipes já eram de companheiros menestréis e se vê sem grupo. Rapidamente, Earl percorre entre os bardos e descobre uma equipe desfalcada, pois um dos membros acordou doente. Earl combina entre eles e arranja um lugar pra você. Os menestréis estão um pouco desanimados, acham que têm chances de chegarem até a final com alguém que não ensaiou com eles.

O banho agradabilíssimo o fez sentir como um nobre novamente. A água fria era o melhor que podia pedir neste calor úmido.

Enquanto se banhava, percebeu que suas roupas estavam surradas e sujas. Talvez fossem úteis para transmitir alguma sensação, mas você precisaria de roupas novas para se apresentar ao rei.

No meio do banho, batem a sua porta. Você enrola uma toalha na cintura e vai atender. Servem-lhe um pequeno banquete, que você arruma para comer enquanto termina o banho. Frutas, licores, pães, tortas e peixe defumado.

Os membros do seu grupo discutem entre si e um deles fala com você depois:

- Já percebemos que você não sabe como funciona essa competição, então vamos te explicar de forma sucinta. Os quatro melhores menestréis serão selecionados para se apresentar para o rei. A maioria das provas é feita em grupos, mas não quer dizer que o o grupo inteiro passa para a próxima fase de seleção. Por isso, algumas equipes já vieram montadas e ajudam uns aos outros para que cheguem todos a final e se apresentem juntos ao monarca. Os grupos tem quatro elementos, geralmente, e esta primeira fase tem oito grupos. O jurado pedirá para que apresentemos alguns clássicos e, nas últimas fases, composições próprias.

Sua mente e a de Earl já maquinam como derrotar os adversários. Você só pode contar que nem todos os competidores conheçam as magias de bardo, é uma das suas únicas chances!

As equipes formam um círculo no gramado. O jurado chama pela primeira equipe, que vai ao centro, e pede-lhes para executar uma composição épica simples, conhecida e popular: O Leão de Ludgrim. Você avalia a performance deles. Estão impecáveis! Malditos! Devem ter ensaiado por um ano esta música!

O interior da Catedral de Selimon é belíssimo. Uma nave principal altíssima, teto abobado feito de pedras alvas finamente esculpido, sustentado por colunas, e duas naves secundárias laterais quase tão altas quanto. Vitrais esguios permitem que a luz entre e ilumine o interior sem necessidade de acender os candelabros de dúzias de velas e arranjos de cristal intrincados dispostos na linha central. Oito fileiras de bancos comunais se estendem do altar até as portas enormes do templo. No altar feito de mármore branco e azul, uma estátua de um homem representando Selimon com mais de dez metros de altura recebe os fiéis com braços abertos. Contornando o interior suntuoso, uma sacada abriga os corredores que levam a outras partes da construção e o coral, disposto de modo que fique atrás dos fiéis e voltado em direção ao altar. Tapeçarias se estendem no chão na linha central e outras estão penduradas no teto, dispostas ao longo das fileiras. O local está repleto de flores, incensos, e imagens de anjos.

Há poucas pessoas no interior, algumas se dirigindo a saída. Contudo, quatro pessoas permanecem paradas próximas ao altar e um jovem rapaz de capa verde a meio caminho da entrada ao altar olha para os quatro.

Ambos percebem algo perturbador no menino que acabou de passar por vocês.

Aos simples olhos pode parecer apenas alguém bem vestido, mas uma análise mais crítica revela detalhes estranhos: o tecido não era somente bom, era um dos melhores do mercado; o corte de cabelo não é o padrão da população, e cortes personalizados são custosos; ele arrastava uma capa verde escuro, crianças não costumam usar capas; o menino tinha um anel de ouro no dedo indicador da mão direita, um artefato valiosíssimo; a capa encobria somente parcialmente uma bainha de couro para punhais no cinto.

Se algum sacerdote percebeu que o rapaz entrou armado no templo de Selimon, não impediu sua entrada.

Ao primeiro passo de Lezard em direção aos aposentos e ao sinal de Bonnie, o jovem rapaz anuncia em voz determinada aos quatro próximos do altar:

- Com licença, distintos cavalheiros, pela graça de sua majestade o rei, incomodariam-se de se aproximar para que pudéssemos tratar de assuntos pertinentes de interesse às vossas pessoas?

Todos vocês, testem Observar.

Vocês saem do quarto e perguntam ao primeiro sacerdote que encontram onde estavam suas roupas. O homem responde que quando investigavam seus pertences, levaram as armas para serem mantidas a salvo e longe do templo no castelo real, e as roupas, que facilmente identificaram como sendo para a ocasião da corte, foram lavadas e concertadas aqui mesmo na catedral.

Vocês seguem a indicação do sacerdote e chegam aos fundos do templo, num prédio separado bastante simples. Em um varal ao ar livre, suas roupas estão penduradas e a maioria ainda molhada. Dentro da casa dos fundos, dois velhos sacerdotes remendam suas roupas cuidadosamente. Distraídos no serviço, eles nem lhes notam.